8 DE MARÇO DIA INTERNACIONAL DA MULHER.

Desde 1910, o dia 8 de março é celebrado como o Dia Internacional da Mulher. Ele foi escolhido para representar a luta feminina por seus direitos na sociedade. Depois de eventos que mostraram desrespeito à mulher, ocorridos a partir do fim do século 19, a homenagem ao (ainda) considerado sexo frágil” era mais do que justa. Hoje, início do século 21, conquistamos mais independência, mas nem sempre somos tratadas com igualdade, principalmente no âmbito profissional. Há um preconceito velado, que se reflete no número de mulheres que ocupam cargos estratégicos e também no fato dos salários femininos serem mais baixos, mesmo quando comparados aos de homens com funções semelhantes.


Uma pesquisa realizada por uma grande empresa de recursos humanos aponta que, desde 1998, o número de diretoras de empresas subiu de 13,2% para 14,8%. O percentual de mulheres com trabalho de gerência aumentou de 12,4% para 15% e o quantidades chefes do sexo feminino cresceu de 20,7% para 22,7%. Apesar de ser um crescimento pequeno, mostra que a situação não está estagnada.Mesmo com tantas conquistas até as mais ferrenhas feministas ainda se questionam acerca do eterno dilema: como equilibrar a vida pessoal e o lado profissional. A realidade da maioria das mulheres é tentar estar presente no ambiente familiar sem prejudicar o crescimento no trabalho e vice-versa. Há 33 anos, a executiva Mirian Zacareli administra sua bem-sucedida carreira em um grupo norte-americano de empresas de produtos químicos.


“Concentrar os esforços num projeto que a gente se propõe a fazer com simplicidade e dedicação trará, inevitavelmente, a alegria tão necessária para uma saudável sobrevivência. Somente quando conseguimos cumprir os compromissos profissionais e com nossa família, ao mesmo tempo, é que podemos nos considerar verdadeiramente felizes”, afirma. Não é fácil cumprir todas as tarefas e conseguir conciliar os papéis de mãe, esposa, profissional e mulher. Ainda bem que os homens têm se mostrado cada vez mais companheiros na divisão das tarefas, o que ameniza as tensões do dia-a-dia. “O diferencial da mulher no trabalho é o que ela traz consigo. A herança do ambiente doméstico por conta da necessidade de precisar fazer muitas tarefas ao mesmo tempo, por exemplo”, explica Mirian. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do Ministério da Educação, as brasileiras passam, em média, 5,7 anos nos bancos escolares, contra 5,4 anos da população masculina. Isso mostra a visão de futuro das mulheres quanto à valorização profissional por conta da formação acadêmica. Não é preciso tentar ser uma mulher maravilha para cumprir todas as tarefas. Cobranças demais atrapalham, sabia? Foque em seus objetivos e comemore o Dia Internacional da Mulher com orgulho. Nós merecemos.